terça-feira, 23 de junho de 2009

Como as Hienas

De todos os animais,somos a espécie mais complicada.Não suportamos a solidão,mas não sabemos dividir espaços;não admitimos a ignorância,mas não dividimos conhecimento,pretendendo saber mais do que o outro;não aceitamos " falcatruas" ,mas nos envaidece planejar e colocá-la em prática...exigimos respeito,mas não o dispensamos,muitas vezes acreditando que são poucos os dignos deste sentimento ou que talvez não venhamos a ganhar nada ao dispensá-lo ao outro! Não demarcamos espaço,mas pretendemos ser " donos da área",não importando que para isto tenhamos que recorrer a golpes baixos..
Hoje,me peguei a pensar :-Somos todos seres humanos.Brancos,negros,amarelos...Muito pouco,na realidade,nos diferencia uns dos outros.Religião?Política?Classe social? Tudo invenção do Homem,na intenção de organizar grupos e quem sabe ter sobre outros homens certo poder ou o poder total.E pelo poder,somos capazes de manipular,montar armadilhas,negar a verdade ou confirmar a mentira,semear a discórdia parecendo semear a paz...Como posso,como animal racional,não pensar no melhor para o grupo? Não é assim que se comportam os vários grupos de animais irracionais? Os seres que não são humanos caçam para o grupo;lutam para proteção do grupo...E,nós ,seres humanos,tão civilizados e sábios,tão lógicos e evoluídos? Ah,que tristeza me deu!Doeu perceber que mesmo em pequenos grupos,sem poder algum,onde cada um tem seu lugar,sua tarefa,a rivalidade (será que é isto?) toma ares de " eu sou ,o resto acata ou destruo".Doeu perceber que o mundo se tornou um caos,cheio de atrocidades e que estas podem bem começar com uma intriguinha idiota e aparentemente sem um motivo aparente,quase de graça.O que tem valor,para nós seres humanos,cumpridores de seus deveres,pagadores de impostos,possuidores de conhecimento,de uma certa cultura? O quê,afinal,rege nossos atos e palavras?Nós,sempre tão corretos,que dispensamos conselhos,ensinamos os melhores caminhos...Nós,que sabemos tudo,criamos leis e as aprovamos;que delimitamos o certo e o errado. Pra quem?

Para o outro.

Sempre.

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